O que Paulo Portas dizia sobre Cavaco, Barroso e sobre os Portugueses! CHOCANTE!

O que Paulo Portas dizia sobre Cavaco, Barroso e sobre os Portugueses! CHOCANTE!

21 Novembro, 2015 Não Por admin3

Paulo Portas escreveu, entre 1988/1995, enquanto era jornalista do “Independente”: “As cabeças da maioria passam a fronteira do absurdo sem pestanejar”. (…) Contra a ditadura fiscal… “desobedecer, desobedecer, desobedecer”. (…) “O Estado decreta, arbitra, taxa, cobra e recebe com a facilidade com que um ladrão perfeito entra em casa de pessoas decentes”. Nos dias que correm não há “ladrão” mais perfeito que o “governo”.

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Portas aceitava que a classe média fugisse aos impostos, de acordo com o bom e velho princípio que “ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão”. “Os portugueses comovem-se com pouco e deixam-se enganar depressa e bem”. (…) “As contas não falham por magia. (…) Falham porque as decisões de política estavam erradas” (…) “Quem promete números tem de os cumprir. Quem promete algarismos tem de ser exacto. Quem faz a política do rigor não pode desconversar” (…) “tão pouco é bonito vir dizer que, se não chegar agora à meta anunciada, logo se verá, no outro ano ou no ano que virá depois”.

“O pior socialismo que existe é a social-democracia” e os “impostos estão para a social-democracia como a bola está para o futebol”. É esta figura que hoje é Vice-Primeiro Ministro de Portugal.

Venho desde há meses a acompanhar o que dizem os membros do governo da República, porque os daqui já “não dão uma para a caixa”. Parafraseando um programa televisivo dos “Gato Fedorento”, dizem que é uma espécie de governo. Não têm por onde se lhe pegue. Percorre-se o naipe de governantes e já não há pachorra para os enxergar, não apenas pelos anos que levam ali sentados, mas também pelas suas políticas. Ademais, aquilo já não é um governo, pois, perdida a Autonomia, mais parecem representantes do governo central numa Junta Geral do Distrito. Infelizmente.

Mas o governo de lá, esse merece uma redobrada atenção, porque é das suas orientações políticas que dependemos. Assumiu funções há dois anos e já poucos o suportam. Nunca assisti a tanta mentira dita de forma séria. De Passos Coelho julgo que já nem vale a pena falar. Bastará seguir o “Best off 2010/2011” (vale a pena voltar a ouvir) disponível na net e comparar as suas declarações com o que agora diz e faz. Ou, então, ter em consideração o paleio de ontem à noite no programa “O País Pergunta” da RTP1. Hora e meia de blá, blá, blá, blá e pouco mais do que isso. Nunca vi um político com um poder de encaixe tão grande quanto o Dr. Passos Coelho.

Uma infindável capacidade para martelar os assuntos e escapar aos problemas reais apresentados. Foram ali colocadas algumas excelentes questões sectoriais, que dariam para que um Primeiro-Ministro bem preparado e politicamente honesto fosse ao cerne das mesmas, com os respectivos enquadramentos internos e externos. Salvo uma ou outra, no essencial, concluí que é assim, porque tem de ser assim! Em alguns casos foi, até, deselegante. Não valeu a pena o País perguntar, porque ficou na mesma. Outra coisa não seria de esperar. Terminou a falar do “choque de expectativas” que mais me pareceu um choque eléctrico. Mas isso é Passos Coelho. Já de Paulo Portas, o tal que rasgou a carta de demissão “irrevogável”, talvez valha a pena, a propósito do seu consentimento a todas ou quase todas as medidas penalizadoras dos que menos têm (ai o “cisma grisalho”), trazer à colação o que ele escreveu quando era jornalista e director do Independente. Vale a pena para nos apercebermos de a quem está entregue os destinos de Portugal.

Li um notável trabalho do meu Amigo e Jornalista Filipe Santos Costa, publicado na revista do Expresso, de 18 de Maio de 2013, pág. 37/41, sob o título: Quando Portas escrevia que Cavaco “merecia um estalo”. Guardei-o e ontem voltei a lê-lo. Vou aqui deixar, com a devida vénia ao Expresso e ao jornalista, algumas das passagens dos textos então publicados, segundo o jornalista, após uma exaustiva leitura aos quase 800 textos divulgados entre 1988 e 1995.

Sobre algumas figuras:

1. Cavaco Silva. “Egocêntrico”, “arrogante”, “vaidoso”, “teimoso”, “ambicioso”, mais dado a teimosias do que a convicções. Pensa que a direita tem de o venerar. Tem dias de imitação de ditador. É um homem ordinário”.

2. Pacheco Pereira. “Tem tiques de KGB. É ideólogo, polícia da imprensa, com o carácter sinistro dos pidezinhos amanuenses”.

3. Braga de Macedo. “O excesso de reverência a Cavaco tem o seu quê de islâmico – parece que às horas certas se inclina perante o todo poderoso”.

4. Durão Barroso. “Um homem calculista e científico. Às vezes é mais esperto que inteligente. Não é dado à sinceridade. No caso de Durão Barroso, as ideias não são novas, são apenas provisórias. Era do MRPP porque acreditava no modelo chinês e no que julgava ser o comunismo verdadeiro. É um fiel amigo de Eduardo dos Santos”.

5. Alberto João Jardim. “Eu gosto da liberdade com que ele fala e da violência com que ele ataca”.

6. Paulo Portas sobre Paulo Portas. “Sou dogmático, conservador, anarquista de direita. Por princípio não gosto do Estado. Sou liberal, individualista ao ponto de dar mais importância à minha convicção do que à atitude dos outros. Não tenho a menor intenção de me submeter a votos”.

O Jornalista salienta, ainda, algumas pérolas escritas por Paulo Portas:

01. “Se há coisas que um governo de técnicos não pode fazer é enganar-se nas contas”.

02. “A relação dos políticos com o seu passado, envolve, muitas vezes, falsificações e disfarces ou explicações insuficientes”.

03. “Os portugueses comovem-se com pouco e deixam-se enganar depressa e bem”. (…) “As contas não falham por magia. (…) Falham porque as decisões de política estavam erradas”.

04. No Estado moderno o liberalismo é sempre de menos. Porque o Estado moderno tem, por natureza, socialismo a mais.

05. Tudo o que se puder roubar ao Estado é muito bem roubado.

06. As cabeças da maioria passam a fronteira do absurdo sem pestanejar.

07. Contra a ditadura fiscal… “desobedecer, desobedecer, desobedecer”.

08. “O Estado decreta, arbitra, taxa, cobra e recebe com a facilidade com que um ladrão perfeito entra em casa de pessoas decentes”. Nos dias que correm não há “ladrão” mais perfeito que o “governo”.

09. Portas aceita que a classe média fuja aos impostos, de acordo com o bom e velho princípio que “ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão”.

10. “Há os fachos, há os conservadores, há os liberais, há os libertários, há os beatos, há os pragmáticos, há os populistas, e há os elitistas. Há de tudo isso na direita portuguesa, mas direita é que não há”.

11. “O objectivo do défice obriga a renúncias sociais que o eleitor nem sonha (…)”.

12. “Quem promete números tem de os cumprir. Quem promete algarismos tem de ser exacto. Quem faz a política do rigor não pode desconversar” (…) “tão pouco é bonito vir dizer que, se não chegar agora à meta anunciada, logo se verá, no outro ano ou no ano que virá depois”.

13. Sobre o “cavaquistão”, entre outras figuras, considerou Miguel Cadilhe “de carisma berrante”, Santana Lopes de “torto e narciso cérebro”, Marques Mendes de “tépidos lugares comuns com que costuma abrilhantar a sua existência política”, Eduardo Catroga, de “cobarde, cego, pusilânime e sonso” e Dias Loureiro “o ministro mais desperdiçado do governo”.

13. “O pior socialismo que existe é a social-democracia” e os “impostos estão para a social-democracia como a bola está para o futebol”.

E muito mais é salientado nessa histórica, paciente e frontal síntese do jornalista Filipe Santos Costa. Vale a pena o leitor que por aqui passar ler o texto na íntegra, recuperando a edição da revista, para se aperceber na realidade a quem estamos entregues. Paulo Portas, pode ser muito inteligente (dizem), mas é um demagogo e um político cuja palavra depende do tempo, do lugar e dos interesses. Pouco mais do que isso. E políticos destes, por favor, bem longe!

Fonte: Comqueentao e lusopt.com
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