4 Mentiras que os teus pais te contaram, que influenciaram a tua personalidade!

4 Mentiras que os teus pais te contaram, que influenciaram a tua personalidade!

13 Abril, 2015 Não Por admin3

Quem nunca acreditou que são as cegonhas que trazem os bebés? Quando somos crianças os nossos pais contam-nos algumas mentiras que podem ser capazes de influenciar a nossa personalidade.

Seja para responder a perguntas “complicadas” ou para convencer o filho a fazer determinadas coisas e outras não, os pais mentem para as crianças. Em geral isso não é feito por maldade, mas para poupar ou protege-las.

No entanto, de acordo com pesquisas divulgadas recentemente, algumas destas mentiras paternais podem acabar influenciando a personalidade dos filhos.

“O avô agora é uma estrela”

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É difícil crescer e descobrir que tudo aquilo em que acreditavas é, na verdade, uma mentira. Adultos que têm muita dificuldade de lidar com a morte geralmente consideram que seus filhos não conseguiriam aguentar essa dor.  Dessa maneira, invés de contar o que aconteceu de forma clara e objetiva, criam histórias como a de que o ente querido virou uma estrela, caiu em sono profundo ou foi morar no céu.

Quando a criança não ouve respostas satisfatórias que sanam as suas dúvidas, ela acaba procurando respostas próprias, que em geral são equivocadas. E essas conclusões erradas acabam por se tornarem os seus medos.

Por exemplo, ao comparar a morte com o sono, a criança pode ter medo de ir dormir e nunca mais acordar. “O ideal é que os pais não decidam pela criança sobre o que ela deve saber e nem deem explicações além daquelas que a criança está procurando”, diz a psicóloga Vanessa Rodrigues de Lima.

Já a psicóloga  Maria Helena Pereira Franco, coordenadora do Laboratório de Estudos e Intervenções sobre o Luto da PUC-SP: “Viver perdas, enfrentar adversidades e sofrer frustrações faz parte do desenvolvimento humano”.

“Engole o choro”

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Estudos tem comprovado que o castigo corporal não serve para ensinar o que é certo e o que é errado. Ao sofrer a agressão do pai, a criança não internaliza valores morais, na verdade, acontece o contrário.

Pois, quando os pais não estão, a criança ignora as regras e quando estão presentes, ela mente. Além disso, bater pode criar problemas imediatos e futuros.

Crianças que sofrem castigo físico tendem a evitar seus pais e também são mais agressivas. Ao longo da vida, elas também têm mais risco de infringir leis, ir mal na escola e apresentar transtornos mentais.

“Foi a cegonha que te trouxe”

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Quanto menos informada sobre sexo for a criança, mais precoce e aleatória será sua iniciação sexual. As primeiras perguntas surgem na fase dos “porquês”, por volta dos 3 anos de idade.

Quando isso acontece, basta dizer a verdade, de maneira direta, pontual e conforme as perguntas forem surgindo. No entando, é preciso adaptar respostas à idade da criança. Alguns pais, por exemplo, explicam que o pai plantou uma sementinha na barriga da mãe, o que não deixa de ser verdade.

Ao contrário do que muita gente pensa, o diálogo franco e aberto sobre reprodução não vai estimular os filhos a fazer sexo precocemente. Prova disso foi uma pesquisa realizada pela Universidade de Montreal com, em que 1 171 adolescentes de 14 a 17 anos foram voluntários.

Aproximadamente 45% deles disseram que obtêm informações sobre sexo com os pais, e 32%, com os amigos. Entre os que mantinham um diálogo aberto com os pais, 18% eram sexualmente ativos. Isso subia para 37% no grupo dos que não tocavam no assunto.

“O teu desenho ficou lindo”

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Elogio falso pode prejudicar tanto quanto a crítica sistemática. “Num primeiro momento, o pai ou a mãe até podem valorizar o que o filho fez, mas é importante que, no futuro, façam alguns ajustes e, em vez de simplesmente elogiá-lo, motivem o filho a melhorar”, diz o pediatra Saul Cypel, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Ao dizer que o desenho, por exemplo, não ficou tão bom quanto poderia não prejudica a autoestima. Na verdade, ajuda a desenvolver o senso crítico. O elogio desmedido e em excesso pode impedir a criança de ver a realidade e levá-la à acomodação.

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