Toda a gente na praia ficou impressionada com o que este homem empurrava pela areia…

Toda a gente na praia ficou impressionada com o que este homem empurrava pela areia…

7 Setembro, 2017 Não Por Admin2

Nem toda a gente esta disposta a fazer estes sacrifícios, mas o que este homem fez é um verdadeiro acto de amor. 

Qualquer pessoa que já tenha ido para o sul da Europa sabe que, na maioria dos lugares, as temperaturas são excepcionalmente altas, mesmo perto do mar. Todos estão sofrendo com a actual onda de calor, mas para os idosos isso se torna especialmente difícil. É por isso que o bloguer e fotógrafo italiano Enrico Galletti ficou impressionado com a cena que testemunhou na praia. Sob o sol escaldante, um homem lutava para empurrar a cadeira de rodas de sua esposa deficiente pela areia, para que ela pudesse aproveitar o mar e a brisa fresca que estava soprando. De repente, toda a gente em seu redor ficou em silêncio.

A foto que Enrico tirou logo se tornou viral, e é fácil entender o motivo. No entanto, as palavras de Enrico também tocaram muitas pessoas e são um convite à reflexão.

Veja:

Tre chilometri. Dal parcheggio alla riva del mare. Un mare blu e cristallino. E lui l’ha voluta portare proprio lì, in…

Publicado por Enrico Galletti em Segunda-feira, 7 de agosto de 2017

“Três quilómetros. Do estacionamento até a beira do mar. Um mar azul e cristalino. E ele quis trazê-la aqui, a Sardenha, a uma das mais bonitas, mas também uma das praias mais difíceis de chegar-se de carro. E logo hoje, quando os termómetros registaram temperaturas de 39ºC. Parecia que ela estava com paralisia, enquanto ele, com um chapéu de palha na cabeça, limpava as gotas de suor. Uma caminhada de 3 quilómetros sob o sol, com sua esposa na cadeira de rodas, até a beirada do mar.

39ºC, hora de pico. A praia inteira olhando para ele, um homem de 70 anos, andando ladeira acima sobre a areia quente. Eu perguntei a este homem, que repentinamente me fez perceber o quão sortudo eu era por conseguir mover minhas pernas, se ele precisava de ajuda. “Não se preocupe”, respondeu ele casualmente, “eu estou habituado”. Habituado a quê, eu me perguntei em silêncio, e três de nós nos olhamos no rosto, enquanto o ajudávamos a carregar a cadeira de rodas.

O homem, e não irei mencionar o nome dele, nos fez entender que está habituado com a deficiência de sua esposa. A mesma garota bronzeada que ele conheceu há 30 anos e se apaixonou imediatamente. A mesma mulher ali agora, sentada na cadeira de rodas, um sorriso como sua única defesa. Forte, verdadeira, sincera. “Nos bons e nos maus momentos”, eu pensei comigo mesmo. “Na saúde e na doença”. Nós continuamos carregando a cadeira de rodas. Eu também estava em silêncio.  Perguntamos a ele se ele queria descansar, dizendo-lhe que iríamos empurrar a cadeira de volta para o estacionamento. Ele não aceitou; ao contrário, continuou insistindo: “Já fizeram muito”. Uma outra gota de suor apareceu em sua testa. “Eu nunca a deixo sozinha”. E, novamente, nesta manhã, ele não apenas a trouxe a um lugar qualquer. Ele não parou na primeira praia, muito mais próxima do estacionamento. Ele a trouxe na melhor, este marido, com quem esta mulher partilhou uma vida. Não se importando que em 2017 ainda não tenha acesso ou apoio para pessoas com deficiência aqui. Peço desculpas por roubar a foto, mas algumas imagens contam histórias que merecem ser partilhadas, com imenso respeito pelas pessoas envolvidas.

A mulher nos agradeceu com um sorriso, porque parecemos “interessantes” para ela. Ambos sorriram. Eu agradeci a eles. Nós dissemos adeus uns aos outros. Eu voltei para debaixo do meu guarda-sol e eles começaram a longa subida de volta ao estacionamento. Dentro de alguns minutos, eles desapareceram na estreita estrada de terra. Eu me sentei perplexo, esperando me encontrar com eles uma segunda vez. Mas talvez não seja necessário. Na verdade, não é necessário. Porque o silêncio continuou a falar por eles. E então tudo fez sentido. O amor, amor verdadeiro, estava lá.”

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