Os factos sobre a educação japonesa que a tornaram num país de referência!

Os factos sobre a educação japonesa que a tornaram num país de referência!

19 Agosto, 2016 Não Por Admin2

Sem dúvida alguma que os japoneses são um povo como não há igual, são únicos!

É uma população com imensas qualidades que em grande parte resultam do seu sistema de educação, que pode muito vir a ser um modelo a seguir.

Para além do sistema de educação, também a disciplina faz com que o povo seja assim!

Vê como funcionam lá as coisas!

Primeiro, as boas maneiras

educação japonesa1

As provas não são a maior prioridade até ao quarto ano do Ensino Fundamental (com cerca de 10 anos de idade). Antes disso, só fazem pequenos testes esporádicos. Acredita-se que, nos primeiros três anos de escola, os conhecimentos curriculares não são o mais importante. O que eles consideram importante é a formação como pessoa. É a fase em que os pequenos aprendem a respeitar as pessoas e os animais, a ser generoso, procurar sempre a verdade, ter auto-controlo e cuidar da natureza.

Distribuição do tempo de aula

educação japonesa2

Enquanto nos EUA e nos países europeus o ano escolar está terminando, no Japão está apenas no início. O início do ano lectivo coincide com um dos acontecimentos mais fabulosos do país: o florescer das cerejeiras. Para os alunos japoneses, o ano escolar é formado por três trimestres: de 1 de Abril a 20 de Julho, de 1 de Setembro a 26 de Dezembro, de 7 de Janeiro a 25 de Março. Assim, os japoneses descansam 6 semanas no Verão e 2 semanas no Inverno e na Primavera.

Nas escolas japonesas, não há funcionários para limpeza. Os próprios alunos se encarregam desta tarefa

educação japonesa3

Os alunos limpam as salas de aula, os corredores e até as casas de banho, dividindo-se em turnos. Desta forma, desde cedo eles aprendem a trabalhar em equipa, ajudando-se mutuamente. Além disso, após gastar tanta energia e esforço na limpeza, é pouco provável que eles queiram sujar a escola depois. Tal regra ensina o valor do trabalho próprio e alheio, assim como do respeito ao meio ambiente.

As refeições são padronizadas e feitas na própria sala de aula, com os colegas de turma

educação japonesa4

Nos ensinos Fundamental e Médio, as merendas são preparadas não apenas por cozinheiros, mas também por uma equipe médica, para que a comida seja saudável e funcional ao máximo. Os alunos comem junto com o professor, na sala de aula mesmo. No ambiente informal, mestre e alunos são estimulados a criar relações amistosas.

Aulas extras são muito populares

educação japonesa5

Na escola primária, as crianças começam a ter aulas particulares para se prepararem para o ingresso no Ensino Médio e, em seguida, no preparatório para as universidades. As aulas extras são ministradas à tarde/noite, então é comum no Japão ver, às nove da noite, os meios de transporte público cheios de crianças voltando para casa após aulas particulares. Os alunos estudam também aos domingos e durante as férias, levando em conta que um dia escolar dura, em média, entre 6 e 8 horas. Sendo assim, não é surpreendente que, de acordo com as estatísticas, quase ninguém seja reprovado no fim do ano.

Além das aulas comuns, os alunos aprendem a arte da caligrafia e da poesia japonesas

educação japonesa6

O princípio da caligrafia japonesa, o shodô, é muito simples: um pincel de bambu é humedecido em tinta, e, com movimentos suaves, os símbolos são desenhados em papel de arroz. No Japão, o shodô é tão valorizado quanto as demais artes plásticas. Já o haiku é uma forma de poesia nacional que, de forma lacónica, representa a natureza e o ser humano como um só. Tanto o shodô quanto o haiku representam um dos princípios da estético oriental: a combinação do simples e do sofisticado. Nas aulas, as crianças aprendem a valorizar e respeitar a sua cultura e as suas tradições milenares.

Todos os alunos devem usar uniforme

educação japonesa7

A partir do Ensino Médio, todo aluno é obrigado a usar uniforme. Muitas escolas têm seus próprios modelos, mas tradicionalmente o estilo masculino segue o padrão militar, enquanto para meninas predomina o estilo marinheiro. Esta regra existe para disciplinar os alunos, já que acredita-se que o uso do uniforme torna o ambiente escolar mais sério. Além disso, ajudaria a manter a unidade entre os estudantes.

A taxa de frequência escolar é de 99,99%

educação japonesa8

É até difícil imaginar uma pessoa que nunca tenha faltado a um dia de aula. Mas existe uma nação que basicamente nunca falta. Também não se atrasam. E 91% dos alunos prestam atenção ao que dizem os professores.

Os resultados da prova final decidem tudo

educação japonesa9

Ao terminarem o curso preparatório para o ingresso na universidade, os estudantes prestam uma prova final que irá determinar se eles conseguirão entrar em alguma universidade ou não. Os jovens podem escolher apenas um curso superior, que irá determinar o seu futuro salário e o seu nível de vida. E a concorrência é alta: 76% dos estudantes continuam os estudos após saírem da escola. Justamente por isso, há no Japão a expressão «o inferno das provas».

A fase universitária é considerada um período mais light na vida dos japoneses

educação japonesa10

Não é de surpreender que, após anos de preparação e do «inferno das provas», os japoneses queiram fazer uma pausa. E tal pausa cai justamente nos anos universitários, considerados os mais despreocupados e leves na vida de um japonês ou japonesa. O descanso é providencial também por vir antes do início da vida profissional, encarada pelos cidadãos do país com a máxima seriedade e com grande amor pela vocação.

Sim, é possível que haja pontos a melhorar. Mas os japoneses são, mesmo, um exemplo. O país reconstruiu-se após a segunda guerra e é, hoje, a terceira maior potência económica do Planeta. E, na área educacional, os seus estudantes estão sempre entre os primeiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), um dos mais reconhecidos do mundo.

Partilhar:

Relacionados: